O espetáculo “Infância sem Trégua – A Arte Transforma”, estreou na noite de segunda-feira, no bairro Nossa Senhora das Graças e contou com a participação de autoridades, estudantes, professores, familiares e comunidade em geral. O espetáculo faz parte da segunda Edição do Projeto “Dançando além do CEU”, que é realizado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Navegantes com o apoio das empresas Portonave e MSC.
Realizado nas dependências do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), nas terças e quintas, nos períodos matutino e vespertino, o projeto atende diretamente com a dança 25 crianças e adolescentes e através de uma parceria com o Centro Integração Empresa e Escola (CIEE), alguns desses alunos são encaminhados para o mercado de trabalho.
A professora e coreógrafa Bianca Alcântara Baldo explica que a proposta da apresentação é tratar de forma contemporânea com técnicas de estilo livre, a dança, a literatura e as artes integradas, questões diretamente ligadas ao trabalho infantil e aos Direitos da Criança e do Adolescente.
Durante a estreia, dez adolescentes do projeto foram apresentados como novos membros do programa Jovens Aprendizes da Portonave.
Sinopse do espetáculo
Durante 40 minutos a composição coreográfica expressa através da dança um tema de extrema relevância social que requer urgência em seus estudos e busca por soluções: O trabalho infantil e o direito da criança e do adolescente.
O espetáculo gira em torno de duas crianças que foram rejeitadas desde o seio materno, onde o desenvolvimento “deste ser” passou longe de afeto e amor, e em plena formação os reflexos da exploração infantil já são sentidos.
Com pouca referência do que realmente é o mundo, essas crianças tornam-se perdidas em uma sociedade que assiste de pé a trágica situação dos direitos violados que é repleta de medos e incertezas. As cenas projetam uma luta constante entre a arte e a dor os direitos e a exploração.
Por vários momentos, pensamentos imaginários aparecem como flash despertando uma esperança de que nenhuma fase de sua infância será novamente interrompida. As lembranças do passado e o desejo de estudar, de se dedicar as artes e de ter uma oportunidade causa uma revolta constante a essa infância.
Dá-se início a interrogação: Qual minha verdadeira identidade? E se tivéssemos uma oportunidade? Só uma oportunidade?
Confira o calendário de apresentações do projeto para os próximos meses:
Texto: Maila Santos SC 01773/JP
Secretária de Comunicação: Maria Flor
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